Existem duas perguntas que a humanidade sempre fez: como nós surgimos e como terminaremos. Não irei comentar a primeira, mas quanto à segunda, afirmo que será diferente do que muitos imaginam. Essas ideias sobre a civilização acabar na Terra e ir colonizar outros planetas nada mais é do que pura imaginação. Para aqueles que acham que nada irá acontecer, e que continuaremos vivendo normalmente, sinto muito desiludi-los, mas essa ideia também não passa de vã ilusão. Quem estiver vivo verá o fim da humanidade como nós a entendemos hoje. Não por ter sido extinta, mas para ressurgir, a partir do último Adão, que dará origem a uma nova espécie. Ele foi o último de uma linhagem fadada ao fim e originou uma nova linhagem, melhorada e muito mais apta a sobreviver. A partir dele, os novos genes foram se multiplicando sobre a Terra e perpetuando-se, geração após geração, continuarão propagando-se até que a outra espécie seja completamente vencida. E então tudo se fará novo em nosso habitat: vivenciaremos um novo mundo, com o homem vivendo em seu esplendor, sendo aquilo que deveríamos ter sido desde a gênese. Assim como é certo o amanhecer, é certo que o homem foi feito para viver e ser o melhor. Assim será o amanhã, onde os homens terão fome e sede, mas não de pão e nem de água. E assim será um novo tempo de liberdade, onde todos conheceram a verdade. E haverá apenas um governo, sobre todos os povos e nações e todos viverão em harmonia, sem terrorismo ou preocupações com dinheiro. No entanto, antes da alegria do nascimento é necessário haver as dores de parto. Assim como não podemos colher sem plantio, não será possível o avanço da espécie sem a eliminação dos dissidentes genéticos. E isso não acontecerá de repente, pois ninguém aceita ser extinto pacificamente, pelo contrário, luta com todas as forças pela sobrevivência e tentar subjugar a espécie vantajosa. Com certeza, haverá disputa por território e poder, e haverá um derramamento de sangue como nunca vimos antes. Quando nos quatro cantos do mundo o medo se enraizar tão profundamente nos corações dos homens que eles não se lembrem mais como é viver sem o medo de serem mortos a qualquer instante, virá um lobo vestido de cordeiro, como outros o foram antes no decorrer de nossa história, e assim como eles, será bem sucedido . Todavia, todos os impérios caíram e este, não será diferente. Não por causa daqueles que não aceitam a simples e pura dominação - chamados de desobedientes civis por uns, e de bravos guerreiros... Mas porque na guerra, não há empates, e, para aqueles que lutam na ignorância, apenas me resta dizer que, assim como no xadrez, os peões morrem primeiro.
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